
Com o tempo aprendi que, nas relações humanas, quase sempre o que parece, é.
Eu, como grande parte das mulheres, tinha o dom de interpretar, erroneamente, algumas atitudes/discursos masculinos. Insistia em acreditar que algo não revelado estava ali presente, que "acho que não estou preparado para me envolver neste momento", era apenas a forma que ele tinha de se proteger da paixão arrebatadora que estava sentindo por mim. Ou que a sua incapacidade total de dar atenção ou carinho estava relacionada com a dificuldade de agenda e não com a falta de prioridade que eu tinha naquela vida desorganizada. Ou seja, costumava criar interpretações/justificativas, da maneira mais florida - e menos dolorida - para aquilo que sempre esteve claro e nítido nas relações.
Quando passei a ter relacionamentos mais maduros, baseados na habilidade de se conhecer o suficiente para poder "se compartilhar" com o outro, entendi que, esconder a verdade de nós mesmos com justificativas fantasiosas, apenas nos custa um tempo precioso em busca da essência da relação, independente ela qual seja.
É bem provável que, o que parece ser um desalinhamento de expectativas, de fato o seja. E o que aponta para uma relação descompassada, com times diferentes ou descoordenados, aponta para a direção certa. Claro, exceções sempre existem, e eu conheço bem o significado da autosabotagem - como quando interpretamos o papel que nos dá mais destaque ou reconhecimento da plateia. Mas, quanto mais nos conhecemos, nos analisamos, e quanto mais queremos/buscamos uma relação de fato relevante, mais real e verdadeira ela tende a se tornar.

Belo texto, Dani. Concordo com você. Mas como é difícil não cairmos nas nossas próprias armadilhas, né?
ResponderExcluirMinha meta atual é "expectativa zero"! ;)
beijo, Cinthia
Olá Cinthia! Obrigada pela visita!
ResponderExcluirTrabalhar com "expectativa zero" é uma boa estratégia para nos defendermos de nós mesmo - pelo menos enquanto ainda não estivermos suficientemente prontas para as "relações reais" que cito aqui! Beijos
bela análise.
ResponderExcluirdenison
Olá Denison, que bom que te encontrei aqui! Mil beijos
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